Armelino Donizetti Quagliato.
O bom moço do interior de São Paulo.
Nascido em Porto Feliz.
Aproximadamente, 120km da capital paulista.
Começou sua carreira do Capivariano.
Chegou ir para a categoria de base do Guarani.
Dispensado por ser “gordo”.
Mas o Guarani um dia conheceria ele:
ZETTI!
A vida no interior
Zetti viveu no campo com seu pai.
Antonio, sua mãe, Manoela, e seus dois irmãos.
Seu contato com a bola foi muito pequeno.
Mas Zetti se lembra muito bem da primeira Copa do Mundo que assistiu – a da Alemanha em 74.
As partidas foram vistas em uma pequena TV movida a bateria.
Assim que mudou para a cidade de Capivari.
Zetti teve seu primeiro contato com o esporte na escola.
Logo ficou evidente que aquele garoto concentrado e introvertido tinha uma habilidade física acima da média.
Aos poucos, ele foi se destacando.
No futebol, escolheu defender o gol por causa do irmão mais velho, que jogava nessa posição.
Seu inicio de carreira
Em 1983, foi para o Palmeiras.
A escola do Palmeiras de goleiros é muito conhecida.
Na época, com muitos jogadores a disposição.
Zetti foi emprestado por duas vezes em 1985:
Toledo e Londrina.
Seu excelente desempenho garantiu um lugar na seleção de juniores do Paraná.
Que venceu o campeonato brasileiro daquele ano.
Foi ser titular do Palmeiras, em 1987 depois de uma expulsão do goleiro Martorelli.
Neto, então pelo São Paulo, fez um gol que mancharia carreira do goleiro.
Uma falta, que passou entre as pernas do goleiro, em um São Paulo X Palmeiras.
Neto, que depois foi ser ídolo do Corinthians, jogava no tricolor.
Em um lance de azar, no jogo Palmeiras e Flamengo.
Zetti, se chocou com Bebeto, e quebrou a perna.
Ficou meses para se recuperar.
Quando voltou, Velloso era o dono da camisa 1 do Palmeiras.
Começou a ser escalado para jogar pelo time de aspirantes.
Alguns clubes grandes tentaram comprar seu passe.
Mas as negociações com a direção do Palmeiras acabavam emperradas.
Zetti se sentia desprestigiado no Palmeiras.
Conseguiu, em 1990, comprar o passe e se mudou para a Europa.
Jogou pouco tempo por lá
Pois o São Paulo apareceu em sua vida.
Ele emprestou seu passe por apenas 10 meses para o tricolor.
E a vida de Zetti mudou!
Chegada ao São Paulo
Zetti chegou em 1990.
Gilmar era o titular do tricolor.
Pablo Forlán era o técnico tricolor na época.
Gilmar não era unanimidade no São Paulo.
Ele já tinha perdido a titularidade, inúmeras vezes para o chileno Roberto Rojas.
Mas em 1989, Rojas havia feito aquela palhaçada no Maracanã.
Em um jogo, pelas eliminatórias da Copa do Mundo.
Entre Brasil e Chile.
Rojas foi banido do futebol.
O São Paulo precisava de outra sombra para Gilmar.
Zetti era o nome perfeito para isso.
Em 15 de Julho, de 1990, em um amistoso, Zetti fazia sua estréia pelo São Paulo.
Era um novo momento do jogador.
No mesmo ano, Gilmar, com 31 anos.
Decidiu tentar a sorte em outro grande time.
O Flamengo.
Gilmar tinha sido contratado pelo São Paulo.
Vindo do Internacional de Porto Alegre.
Tele Santana, chega ao São Paulo
Pablo Forlán vinha mal no comando do Tricolor.
Dr. Carlos Caboclo goi hábil e trouxe seu amigo de longa data para comandar o tricolor.
Foram 2 meses de negóciação.
Mas deu certo!
Telê era o novo comandante tricolor.
Conheça mais da história comprando o livro “Ao mestre com carinho. O São Paulo FC da era Telê”
Zetti já era o titular absoluto do gol tricolor.
Telê resolveu manter.
Zetti foi o jogador que mais vezes vestiu a camisa do SPFC sob o comando do mestre Telê.
Foi um grande goleiro
Não há um só São Paulino que negue isso.
Zetti foi um dos maiores goleiros do tricolor.
Cada um tem a sua preferência.
Há amigos meus, com mais idade, que colocam José Poy como o maior.
Há outros, que dão a Waldir Peres esse status.
Para mim, Zetti foi o maior.
Os mais novos, acreditam que Rogério Ceni foi o maior.
Questão de gosto.
Cada um tem o seu.
E devemos respeitar.
Mas em 1993, ele foi eleito o 5o melhor do mundo.
Pela IFFHS (Fed Internacional de História e Estatísticas de Futebol)
Um grande feito.
Mas para nós, tricolores, ele era o melhor do mundo.
Em 1994, era o reserva de Taffarel na Copa do Mundo.
Eu ficava com muita raiva disso.
Pois, para mim, Zetti era melhor que Taffarel.
Mesmo esse, sendo um grande goleiro.
Entre meus maiores ídolos
“Espaaaaaaaaaaaaaaaalma Zetti”
Frase eternizada pelo grande José Silvério.
O maior narrador de futebol no rádio do mundo.
Ao lado de Raí, Muller e Telê.
Zetti é o meu grande ídolo no São Paulo.
Precisa dizer se eu acho que ele foi mais goleiro que Rogério Ceni?
Para o livro do Telê, eu o entrevistei.
Foi uma das melhores entrevistas.
Fiz em sua escola de goleiros, no bairro do Brooklin.
Fiz uma pesquisa nas Redes Sociais.
Quem era melhor: Rogério X Zetti.
90% para Zetti.
Quem viu os dois jogarem.
Acha o mesmo.
Mas isso, é questão de opinião.
Rogério foi genial.
Mas Zetti fez isso
Em uma final de Libertadores.
Tudo bem. O que Rogério fez contra o Liverpool foi mágico.
Ambos, gigantes no gol tricolor.
Títulos e mais títulos pelo São Paulo
A era Telê teve mais de 30 títulos para o tricolor.
Zetti esteve presente em todos.
Entre os principais:
Mundiais e Libertadores de 1992 e 1993.
Zetti era o goleiro do vice da Libertadores em 1994.
Brasileiro de 1991.
Era o goleiro do vice do Brasileirão de 1990
Paulista de 1991 e 1992.
Recopa Sulamericana 1993 e 1994
Supercopa da Libertadores 1993.
Jogou com grandes ídolos
Raí, Muller, Leonardo, Cerezo, Antonio Carlos.
Foram alguns dos craques que jogaram ao lado de Zetti no São Paulo.
André Luiz, Ronaldo Luis, Pintado, Dinho, Palinha, Ronaldão.
Estão entre outros grandes jogadores, que Zetti jogou ao lado.
Zetti estava no momento certo.
No lugar certo.
Sr. Joaquin de Moraes.
Treinador de goleiros.
Aperfeiçoou a técnica e qualidade do talentoso Armelino.
Ou como conhecemos: Zetti.
Em 1996, a despedida
Fim do ano, encerrava um ciclo.
Zetti acertou sua ida para o Santos.
Fiquei muito triste.
Era um grande ídolo.
Eu tinha camisa e calça igual a dele.
Eu era goleiro nessa época.
Queria ser o Zetti.
Mas quis o destino que ele fosse jogar em outros clubes.
Santos, Fluminense, União Barbarense e Sport.
Em 2001, encerrou sua brilhante e vitoriosa carreira como goleiro.
O treinador Zetti
Em 2003, após 2 anos afastado do futebol e fazendo cursos.
Zetti assume seu primeiro desafio como técnico.
Nos juniores do São Paulo.
Em 2003, veio o primeiro desafio em um time principal: Paulista de Jundiai.
Passou pelo Fortaleza, Guarani, São Caetano, Bahia, Ponte Preta, Paraná entre outros.
Em 2010, no Paraná, encerrou a carreira de técnico.
Não conseguiu nenhum título como treinador.
Se dedicou ao lado empresário e apresentador de programas esportivos.
Em 2021, com a chegada de Julio Casares a presidência do São Paulo.
Zetti vai comandar uma nova estrutura de treinamento de goleiros.
Conforme dito aqui nesse blog anteriormente.
Parabéns Zetti
Desejo muita paz, saúde e ainda mais sucesso para você.
Ídolo como esse, são poucos.
Já vi ele ficar mais de 30 minutos no Shopping conversando com as pessoas.
Em um dia que ele estava com a esposa e filho.
Passeando.
Mas ele é assim.
Que alegria ter visto esse cara com a camisa do SPFC!
E ter gritado inúmeras vezes:
Espaaaaaaaaaaaaaaaaaaaalma Zetti!