Feliz dia do goleiro é para todos, desde os que iniciaram junto ao futebol no começo do século passado até os atuais, dos profissionais, aos amadores, assim com fui até os 15 anos. Dos que jogam na escola, aos que defendem o time da faculdade, dos que jogam de fim de semana, dos pais que brincam com os filhos na quadra do prédio, dos filhos que defendem os chutes dos pais. Das mães que se tornam goleiras para brincar com a família, das goleiras que se tornam profissionais. O dia é de todos, mas eu, em especial vou homenagear um: Zetti!
Para mim, o maior goleiro que já passou pelo São Paulo, e olha que até Rogério Ceni, só tivemos feras no gol. King, Poy, Sérgio Valentim, Suly, Picasso, Gijo, Mário, Waldir Peres e Gilmar. Até a era Zetti, depois Rogério, o São Paulo foi defendido por décadas por esses caras. Se parar para pensar, entre 1936, com King até 2015 com Ceni, foram 79 anos e apenas 11 goleiros, quase 7 anos para cada um. Com 11 anos (1973 a 1984), Waldir Peres foi que ficou mais tempo no gol do São Paulo, depois de Rogério e seus 25 anos. Sempre fomos uma referência no gol, parando em 2015 e sem muita perspectiva de voltarmos a ser um dia, pois Volpi e Perri não são goleiros que despertam a confiança no torcedor como Zetti, Gilmar, Poy, King e Rogério, por exemplo, o faziam.
Zetti, o maior
De toda essa lista acima, citada, eu vi apenas 3: Gilmar, Zetti e Rogério. Nasci em 1979, Waldir era o goleiro tricolor, mas eu, muito pequeno não vi. Gilmar, lembro pouco, pois começo a me interessar mesmo pelo São Paulo no título de 1989 do Paulista, o goleiro era Gilmar, mas no ano seguinte, Zetti chegou e em pouco tempo tirou a titularidade de Gilmar.
Zetti foi o que mais jogou na era Telê, eles chegaram praticamente juntos, em 1990 e saíram praticamente juntos no começo de 1996 do tricolor. Telê, sem ter mais condições de treinar o time, tentou ir para o Palmeiras, em vão, Zetti fechou com o Santos, onde jogou por 2 anos. Em 2000, foi para o Fluminense, depois para o União Barbarense e encerrou, no Sport, em 2001, a sua brilhante carreira, iniciada em 1983 no Palmeiras.
Zetti foi melhor que Ceni
Tá ai uma eterna discussão, mas eu só debato com quem viu ambos em campo, como eu vi. Para o livro sobre o Telê Santana no São Paulo, eu fiz uma enquete nas Redes Sociais e quase 200 pessoas responderam: 95% dizia o mesmo que eu, Zetti, debaixo das traves foi superior a Ceni, não que isso seja um demérito ao Ceni, monstro em campo, mas tecnicamente Rogério era superior. Em tudo. Saída de bola, elasticidade, cortar cruzamento, impedir dribles. Com os pés, ai Rogério é insuperável, e não apenas nas faltas, mas na reposição de bola, porém, isso era fruto de muito, mas muito mesmo, treino.
Ambos tem jogos memoráveis, assim como outros goleiros também o tem. Zetti, na final de 1993 com aquela sequencia de defesas ou na Libertadores contra o Palmeiras. Rogério no mundial de 2005, tal qual a Sulamericana de 2013. São jogos que estão frescos na memória de qualquer tricolor, eles foram os destaques dessas partidas, todas debaixo das traves, mas Zetti, para mim, leva vantagem.
No começo dos anos 90, o São Paulo tinha um goleiro muito talentoso, Alexandre. Segundo Moraci Santana me disse, em entrevista para o livro, Telê já havia avisado ao Zetti que em 4 meses, ele seria banco do Alexandre, nos “rachões” ele era preterido ao grande Zetti e ao, ainda novato, Rogério Ceni, era muito difícil fazer gol nele, uma pena, um acidente o levou para o plano superior, arrisco a dizer, que se ele não tivesse partido tão novo, talvez, o Mito Ceni nunca tivesse existido, mas isso é papo para outro post.
Feliz dia do goleiro
Faço essa homenagem ao Zetti, por ser, ao lado de Muricy, Raí e Telê meus grandes ídolos no São Paulo. Claro que tenho outros, como Muller, França, Careca, Dario Pereira, Serginho, Zé Teodoro, Serginho, enfim, muitos outros, mas esse quarteto são meus preferidos, são os que coloco em qualquer seleção que monto do São Paulo, deixando, Muricy como auxiliar do mestre Telê, claro.
Fica aqui a minha singela homenagem a esses caras que nunca podem errar, mas que salvam muitas das nossas vitórias!