É de conhecimento público que o empresário Abílio Diniz, que construiu sua história no Pão de Açúcar, uma das maiores marcas do Brasil, está apoiando Julio Casares. Ambos postaram, em suas contas pessoais no Twitter um vídeo do empresário apoiando o candidato.
Abílio Diniz é um dos mais respeitados empresários do mundo, no setor alimentício, tem uma carreira invejável no mercado, pois a sua capacidade empresarial é admirável.
Abílio é torcedor, confesso, do nosso São Paulo FC e por isso, alguns torcedores cobram porque ele não injetou dinheiro no time até hoje.
Bem, o fato é que nem ele e nem nenhum empresário o fará, pois o São Paulo não está a venda.
Nunca soube de uma proposta de Abílio para isso, mas há um pequeno grupo de torcedores São Paulinos que exige isso do empresário.
Entendo, no Brasil, o “dinheiro fácil” é mais valorizado do que o dinheiro trabalhado, por isso, há tantos gurus prometendo a “felicidade eterna” e arrancando dinheiro de quem acha que dinheiro pode sim cair do céu. O cai do céu é chuva!
Questiono esses torcedores:
– Qual empresário de sucesso investiria em um time que arrecadou 605 milhões em vendas e deve 900 milhões de reais?
– Qual empresário investiria seu dinheiro em um time que tem a gestão que o São Paulo tem desde a era Juvenal Juvêncio?
– Qual empresário de sucesso não sabe o quanto duro foi juntar seu dinheiro para doar a quem não tem competência?
Se vocês conhecerem algum, por favor, encaminhem seu nome para o Leco e deixa ele negociar, ok?
Não estamos no mundo de Hollywood onde vemos, nos filmes, empresários investindo milhões de dólares em uma empresa só porque o seu advogado ficou 2 minutos falando com ele para fazer isso. Aqui é a realidade! Saiam do Netflix e vá para a vida real!
Abílio não é o único empresário de sucesso que torce para o tricolor.
Há vários, dentro dos 22 milhões de torcedores tricolores, empresários de muito sucesso torcedores tricolores, mas nem todos são tão midiáticos como Abílio, talvez alguns com o mesmo poder financeiro ou até menor, mas isso não importa. O amor pelo São Paulo não tem classe social! Amar o time e não se mede pela conta bancária.
Julio Casares, é outro empresário de grande sucesso, porém na área de comunicação e marketing, que assim, como Abílio, eu, e você, leitor(a), é um apaixonado pelo São Paulo.
E Julio não vai vender o São Paulo, como estamos vendo que esse é o desejo de um pequeno grupo de torcedores, quando esses exigem que Abílio dê dinheiro ao São Paulo, mas vou mostrar em fatos abaixo, que o São Paulo, diferente de outros times, nunca se vendeu. E Não o fará! Se o Leco, que é péssimo não vendeu o São Paulo, ninguém mais o fará.
Palmeiras, sempre a venda
O Palmeiras ficou 17 anos na fila. Não ganhava nem par ou ímpar.
Veio a Parmalat, multinacional italiana, que já tem histórico de investimento no futebol, onde na década de 90 já havia financiado o Parma, da Itália, em um período de glória para o time italiano. A Parmalat veio, injetou um caminhão de dinheiro, o Palmeiras montou um esquadrão, e ganhou em 1993, o título.
Em 1992, a Parmalat já no Palmeiras, já com um excelente time, não foi páreo para o São Paulo de Telê Santana, perdendo por 6X3 a final do Paulista (Somando os dois jogos, o primeiro 4X2 e depois 2X1), em uma final, que no meio, o São Paulo ainda teve tempo de ir à Tóquio bater o Barcelona e ser o campeão do mundo! Precisava relembrar da época de outro do tricolor.
Veio a Parmalat. Até hoje aquele time é conhecido como Palmeiras-Parmalat. Se vendeu! Deixou a multinacional italiana comprar uma série de jogadores famosos.
Montou um timáço em 1996, que quem ama futebol, tinha o prazer de ver jogar. Confesso, eu era um desses. Muller, Djalminha, Cafu, Cesar Sampaio.
Mas os italianos cansaram de brincar de patrocinar o Palmeiras e assim que saíram, o time verde caiu para a Série B.
Demorou para se reerguer e foi exatamente ai que um empresário de sucesso, esse palmeirense, Paulo Nobre, resolveu fazer o que alguns torcedores querem que o Abílio faça no São Paulo.
Emprestou muito dinheiro, o Palmeiras se reergueu, mas a política do clube não queria sua influencia, Paulo saiu.
Palmeiras se prejudicou, mas rapidamente acharam a Crefisa, da “Tia Leila” que investiu milhões no time e o reergueu.
Ainda nesse meio tempo, teve a WTorre, que construiu a Arena que não é do Palmeiras totalmente, por quase 30 anos, será da construtora. Mais uma venda.
Em 30 anos, o time se vendeu 4 vezes. É isso que desejam ao São Paulo?
Eu não!
Corinthians, politicagem e venda
Vamos ao mais emblemático caso.
Desde 1977, sabe-se que o Corinthians sem ajuda, nada ganharia. Precisou de uma manobra envolvendo o craque da Ponte Preta, naquele ano, para vencer um título e sair dos 23 anos de fila. Conseguiram.
Depois o Corinthians veio ganhando alguns títulos, mas sem dúvida, a hegemonia tricolor na década de 80 e 90 não deu muito espaço para eles, até que veio um misterioso empresário, de nome Kiavash Joorabchian, o Kia, como era mais conhecido no Brasil. Ele presidia a MSI, comprou o Corinthians, trouxe jogadores o time cresceu, venceu títulos. Conseguiram até que a Fifa criasse um campeonato, no Brasil, chamando de Mundial, onde claramente o time foi beneficiado nos jogos, que entrou como convidado, já que por direito, era o Palmeiras a ir, e venceu o torneio que a Fifa chamou de mundial.
Então, a Fifa abriu um precedente para que haja no mundo, um time campeão mundial sem ganhar um troféu continental, como UEFA ou Libertadores. Olha o poder dos caras…
Anos mais tarde, a piada que o Corinthians não tinha casa acabou.Em um acordo, envolvendo o então presidente Lula, corinthiano confesso, o time ganhou um estádio, com a “desculpa” de ser o estádio para a Copa do Mundo, em 2014, realizada no Brasil.
O estádio tem uma dívida impagável de 2 bilhões, o time vendeu o Naming Rights para a NeoQuímica, em uma transação que ainda não ficou clara, nem dentro do clube. Para se ter uma ideia, em 13 de Setembro de 2020, na Rádio Bandeirantes, o jornalista Milton Neves entrevistou um pré-candidato a presidência do Corinthians, que esqueci o nome, mas esse disse não saber como era o contrato com a NeoQuímica. Ou esse candidato é um Natel do Corinthians, que nada sabe, ou realmente há algo escuro pelos lados do time presidido por Andres Sanchez. Acho que a 2a opção é mais viável. Bem, quando ao Lula, não precisamos nem falar o que está ocorrendo com a “alma mais honesta do país”.
O valor da NoeQuímica, vai ajudar, mas não vai pagar toda a dívida do estádio.
Fica a pergunta
É isso que alguns torcedores querem?
– Exigir dinheiro de empresário, que nitidamente não vai colocar um centavo em uma gestão amadora como a comandada por Leco, para sermos vendidos?
– Esperar que esse empresário – seja ele quem for – saia do São Paulo e nos coloque na 2a divisão?
– Esperar que esse empresário – seja ele quem for – saia do São Paulo e nos deixe com milhões em dívidas?
Eu NÃO!
Eu prefiro que o São Paulo ouça esses empresários, seus conselhos de gestão, que possa até fazer um comitê com eles, sem remuneração, para ouvir o que esses tem a dizer, e diria que envolveria várias áreas como jurídica, marketing, financeira e administrativa pelo bem do São Paulo, mas exigir que Abílio, ou qualquer outro empresário, coloque parte do seu dinheiro, conquistado há muito custo, em uma gestão que não sabe administrar o clube, ai é achar que a vida é um eterno conto de fadas mesmo.