Um time mais agressivo é o que vimos ontem na volta da torcida a nossa 2a casa, o Morumbi! Foi uma noite memorável, pena que os 3 pontos não vieram, mas pelo menos conseguimos assistir uma nítida evolução em um time mais aguerrido e mais ousado. Agradou aos tricolores!
Depois de pouco mais de 570 dias, finalmente pudermos voltar ao Morumbi! Que demais foi ver as arquibancadas com apaixonados torcedores gritando o nome dos jogadores, gritando gol e aquele famoso “uhhhhh” em chutes que passaram perto do gol adversário. Rigoni, Luciano e Igor Gomes nos fizeram gritar isso. Um time mais agressivo é o que precisávamos.
Claro, que nomes como Miranda, Luan, Calleri, Luciano e Rigoni foram os mais comemorados, não à toa, são hoje os que mais representam o manto sagrado; do mesmo jeito que quando o auto-falante anunciou Pablo o estádio ficou em silêncio. Nada contra a pessoa, mas sim, contra o jogador, não tem como estar no elenco.
Pouco mais de 5,7 mil pessoas estiveram na fria tarde de ontem ao Morumbi. O ingresso estava caro, o sistema de compras deu pane, o horário – 18:30 – era ruim pois muitas pessoas trabalha até 18/19h e não teria tempo hábil para chegar ao Morumbi, tudo por causa da Seleção do Tite…
Eu estava lá!
Foi um momento histórico para o país, a volta da torcida ai Morumbi. Foi emocionante ver, mesmo que com poucas pessoas, os gritos da arquibancada, a emoção, a vibração. Isso não se explica, se sente.
A convite dos meu amigo Marcelo Grimaldi, assisti ao jogo no novo camarote do Morumbi, o do goleiro Zetti, um dos meus grandes ídolos no tricolor, ao lado de Telê, Muricy e Raí. Claro que Zetti estava lá e assistir ao jogo ao seu lado foi inexplicável. O Camarote do Zetti será inaugurado oficialmente em breve.
Ainda mais na companhia do meu querido amigo Sr. Homero Bellintani e da sua sempre adorável esposa Wanessa. Conheci o João Paulo Sgarbi, que tem feito um excelente trabalho no Jogo Aberto da TV Bandeirantes, uma educação acima da média. Está arrebentando na Band! Essa foi a cereja do bolo nessa mágica noite.
Mas vamos ao jogo
Crespo surpreendeu a todos com uma escalação muito agressiva, o que me deixou feliz ao ver que ele está tentando fazer coisas novas.
Ele abriu mão do esquema de 3 zagueiros, porém eu acho arriscado, uma vez que Miranda, genial e um dos melhores zagueiros que já vestiram a camisa do São Paulo, não tem mais velocidade para encarar um moleque de 18 anos do ataque adversário, Miranda não pode ficar exposto ou no mano a mano.
Igor Gomes na lateral foi muito bem. Ainda muito toque para traz, precisa de mais confiança para tentar, mas ter um meia na lateral deixou o time mais ofensivo; Wellington graças a Deus colocou Reinaldo no banco. Precisa amadurecer, mas acredito que esteja nascendo um excelente lateral. Um time mais agressivo precisa contar com laterais que apoiam muito e sejam muito agressivos no ataque.
Luan e Nestor
Brincadeira o que jogam. No campo fica mais fácil ver a movimentação. Impressionante como Luan está no campo todo! Nestor precisa um pouco mais de treino na bola final, as vezes peca, mas joga como “gente grande”, calmo, visão de jogo, sabe o que fazer com a bola.
Sua transição de volante para meia ainda em andamento, mas ele mostra um enorme potencial para ser o cérebro do time, uma vez que Benítez não será esse cara. Sara e Igor, que poderiam ser, também já demonstraram que não tem condições. E chances eles tiveram aos montes desde 2020 com Diniz.
Que ataque!
Vamos com calma, pois precisa de alguns pontos para esse ataque ser o melhor do país:
- Luciano está mais como armador do que atacante, ele faz bem isso, mas precisa de mais treino para aprimorar essa nova função.
- Calleri ontem ficou claro porque o Crespo está indo com calma com o xodó da torcida, ele ainda está fora de forma, mas já deu indícios que em forma vai ser útil demais para nós! E detalhe, ele jogou machucado ontem, depois de uma entrada do zagueiro santista e foi no sacrifício, algo que jogador brasileiro já ia pedir para sair e ficar 3 meses no DM.
- Marquinhos um pouco perdido nesse novo esquema, mas com treino isso vai ficando mais claro para ele. Ele joga muito, tem velocidade e nos dará muitas alegrias.
- Rigoni, pelo amor de Deus, para de perder tanto gol! Brincadeiras a parte, esse caiu como uma luva, talvez seria interessante deixar ele armando e Luciano mais à frente.
Briga de Luciano e Calleri
Não acreditem nas besteiras ditas por pseudo-jornalistas. Como esses nunca jogaram bola na vida, não sabem nem se essa é redonda ou não, eles são os teóricos do caos, ainda mais quando envolve o São Paulo. Já já vão dizer que Calleri e Luciano não se falam no treino, como ontem o André Kfouri disse, que há jogadores no São Paulo que não se falam, mas quais? Jogar informação ao vento eu também sei, que ver “há pessoas no São Paulo que não gostam de alguns jogadores…” viu como é fácil?
Ali foi discussão de campo. Ambos queriam bater o penalti e marcar o histórico gol da volta da torcida ao Morumbi. De cara, Luciano deixou Calleri, entendeu o momento do argentino, depois eles ainda continuaram a conversa, mas quando Calleri fez o gol, quem foi o primeiro a abraçá-lo? Luciano! Fim de papo com isso!
Volpi
Ontem não vi falha do goleiro. No estádio, sem replay, me pareceu que sim, mas depois foi só perguntar ao Zetti, e mais tarde ao ex-goleiro Marcos Bonequini, reserva de Zetti no São Paulo para ambos garantirem que não houve falha, em casa, vendo o lance a bola era indefensável mesmo.
Ele fez um bela defesa no segundo tempo, entretanto é preciso dizer que ainda não temos confiança nele, ele falhou em jogos decisivos e por isso a torcida ainda tem os 2 pés atrás com ele.
Um time mais agressivo
Estamos precisando disso. O que vimos ontem, um esquema com uma linha de 4 jogadores, 2 volantes, sendo um mais marcador e outro com mais saída de bola e 4 atacantes, como disse, surpreendeu, positivamente, a torcida. Claro que um time não ganha conjunto em um jogo, mas pelo menos vimos um time melhor do que contra a Chape no domingo passado.
Dizer que Luan e Luciano deram o sangue, é chover no molhado, mas foi bom ver Igor Gomes mais disposto a ajudar, Rigoni e Calleri brigando, Wellington dando carrinho. Isso contagia o time e se torna benéfico ao elenco. O São Paulo precisa dessa energia para voltar a ser o papa-títulos que foi na época de Zetti, por exemplo.